A Eficiência da Escola Dominical


 

A Escola Dominical, para os que acreditam, continua cumprindo o seu papel na formação cristã dos alunos

 

Um pastor presidente de ministério me abordou e perguntou: “como você consegue manter sua ED lotada por tantos anos? Eu, parei com a minha por falta de interesse dos irmãos”, comentou o pastor. Eu respondi ao querido pastor dizendo que não faço nada de diferente, mas faço o que deve ser feito.


Essa pergunta foi feita porque o referido obreiro me segue há anos nas redes sociais e viu que quer no templo do ministério (hoje), na rua, nas quadras, em barracas, no estacionamento de bairro, a ED da igreja que pastoreio está sempre bem frequentada, com público composto por quase a totalidade da igreja, além de que, em alguns casos, pastores e caravanas de obreiros de outras igrejas participam de nossas aulas para ver como funciona a nossa ED.


Confesso que, nesse momento, por causa da pandemia da covid-19, estou me recuperando dos estragos causados pela quarentena imposta pelo Estado e Município de São Paulo, mas afirmo que estou novamente a caminho de ter quase todos os membros da igreja na ED. Talvez, em breve, e por essa razão, terei que abrir um segundo horário para realizar as aulas da ED. Mas, retornando à pergunta do meu amigo pastor, como supracitado, farei alguns comentários nos parágrafos a seguir que visam contribuir para responder ao questionamento.


A convite de pastores que desejam revitalizar suas Escolas Dominicais, tenho realizado conferências com objetivos de matricular alunos, fomentar o evangelismo por meio da ED e levantar professores para as diferentes salas e grupos da igreja, dentre outros. Nos parágrafos a seguir, compartilho algumas percepções que obtive em trabalhos realizados.


Tenho notado que muitos pastores desacreditam da ED. Alguns a tratam como se fosse um elefante branco, ultrapassada, repetitiva, desatualizada, de método fraco e conteúdo raso. Outros se esbarram na falta de estrutura do prédio, na ausência de apoio humano para compor um corpo docente, no desinteresse dos cristãos para aprender mais das Escrituras e assim por diante. Todas essas questões juntas formam barreiras a serem derrubadas por aqueles que querem redescobrir as manhãs de domingo.


Em minhas andanças conheci igrejas que dispunham de prédios capazes de realizar belas EDs, mas não tinham povo presente nas aulas. Lembro-me de um amigo, pastor de uma enorme Igreja Quadrangular, no interior do Estado de São Paulo, querendo reiniciar a ED em sua igreja, interrompida por causa da construção do templo, me convidou para realizar uma pregação sobre tema e matriculasse alunos para sua escola; eu fui e naquela noite quase uma centena de irmãos se matricularam na ED.


Outro colega, de uma igreja na Zona Sul de São Paulo, também com o mesmo objetivo do anterior, me chamou para pregar em sua igreja; eu fui e o resultado foi mais de cem irmãos matriculados na ED. De acordo com a informação do próprio pastor, cerca de 150 irmãos participaram da primeira Escola Dominical realizada uma semana após a conferencia realizada. Da mesma forma aconteceu em outras igrejas, sedes ou congregações, por onde passei pregando sobre " A necessidade de ser aluno da Escola Dominical". Qual o segredo? Respondo: nenhum!


Embora existam irmãos que não querem participar da ED, muitos outros desejam ser alunos dela e anseiam por uma escola eficiente e empolgante. Vejo que um simples movimento em favor da ED arrasta pessoas, da mesma forma que um investimento na formação de professores e a realização de conferencias arrastam pessoas.


Entendo que seja necessário investimentos na ampliação do conhecimento dos professores que ensinam na ED, inclusive, para que ofereçam abordagens mais interdisciplinar dos temas propostos pela revista Lições Bíblicas. A revista deste trimestre, da CPAD, oferece oportunidade para esse tipo de abordagem.


Numa análise simples, notei que a revista Lições Bíblicas mudou sua estrutura e método. Desde o novo currículo, a cada edição,  a revista tem melhorado a experiência dos professores e dos alunos. Ela oferece um plano de aula contendo palavras-chave, objetivos específicos e sutilmente apresenta pergunta problema, justificativas e outros elementos que compõem o texto acadêmico. Além disso, os temas são mais atuais e os comentaristas estão empurrando os alunos em direção ao estudo teológico e interdisciplinar mais embasado.


Os conceitos teológicos e doutrinários estão mais definidos. De forma simples, os assembleianos podem ler e compreender os assuntos propostos pela Assembleia de Deus. Além disso, notamos que a igreja tem demarcado seu posicionamento e fornecido recursos para que os crentes respondam aos questionamentos impostos diariamente pela sociedade.


Observação: é preciso que aqueles que têm maior conhecimento entendam que em nosso meio existem irmãos que precisam de mais auxílio para estudar e absorver um assunto.


As barreiras imposta pela falta de estrutura predial podem ser rompidas por meio de improvisos, como salas montadas em barracas, adaptadas para esse fim (CONFERIR VÍDEO LINK ACIMA). Como pastores de igrejas pequenas, podemos aproveitar a disposição que o povo pentecostal tem de romper barreiras e avançar na construção da frequência de alunos na ED. A frequência precisa ser construída. Em casos assim, como eu mesmo fiz, barracas montadas em espaços públicos auxiliam muito.


Em relação ao evangelismo praticado na Escola Dominical, a rede composta por família, amigos, parentes e conhecidos podem rapidamente se transformar no alvo do evangelista que pretende levar um convidado para a aula do próxima domingo. Para isso, ações que motivam os crentes a convidar pessoas são bem vindas. Não descarte as oportunidades de comunhão abertas por meio de eventos sociais realizados na ED. 


Embora eu tenha citado alguns pontos que julgo ser importante para aqueles querem dar uma melhorada na ED de sua igreja, entendo que essa troca de ideias já nos auxilia muito na implantação da ED, na matricula e construção da frequência dos alunos, na abordagem dos assuntos e na experiência tanto do professor como do aluno que estuda na revista Lições Bíblicas. 


No entanto, no meu entendimento, a única coisa que não pode faltar em nós, pastores, é o desejo de ver a ED a todo vapor. Eu acredito na ED e a vejo como o meio mais eficiente de evangelismo!  Essa foi a resposta.

 

Pr. Marcos Cruz

Assembleia de Deus Ministério de Interlagos.

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